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2012 - Livro Vermelho 2013

Hippeastrum striatum (Lam.) Moore EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-04-2012

Criterio: B2ab(iii,iv,v)

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie não é endêmica do Brasil, sendo encontradatambém na Argentina e outros países periféricos. No Brasil,está distribuída pelo domínio fitogeográfico MataAtlântica, ocorrendo nos Estados do Espírito Santo, Rio deJaneiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e possivelmente Rio Grande do Sul, Bahia, e Minas Gerais. Apresenta AOO de 100 km². Trata-se de uma espécie com poucas subpopulações compostas por poucos indivíduos. Tem potencial valor no mercado horticultor comoplanta ornamental e para uso farmacológico, uma vez que possui alcalóides isoladoscom atividades anti-tumorais verificadas. O habitat de Mata Atlântica onde ocorre é caracterizado pela alta diversidade de espécies e pelo elevadograu de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana ao longodos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma. De sua área original restam hoje de 7 a 8 %, e as áreas de mata estão cada vezmais isoladas e fragmentadas (SOS Mata Atlântica, 2012). Dessa forma, a maioria das espécies que vivemnesses fragmentos compõem subpopulações isoladas. Para muitas delas, a áreaagrícola ou urbana circundante de um fragmento pode significar uma barreiraintransponível. Embora a espécia esteja presente em três unidades de conservação (SNUC), a persistência das subpopulaçõesnativas não está assegurada e, diante da importância econômica para usomedicinal e horticultural, medidas mais eficazes que assegurem a sobrevivênciadas subpopulações naturais são necessárias.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Hippeastrum striatum (Lam.) Moore;

Família: Amaryllidaceae

Sinônimos:

  • > Hippeastrum rutilum ;
  • > Hippeastrum gertianum ;
  • > Amaryllis acuminata ;
  • > Amaryllis acuminata var. longipedunculata ;
  • > Amaryllis bahiensis ;
  • > Amaryllis crocata ;
  • > Amaryllis fulgida ;
  • > Amaryllis gertiana ;
  • > Amaryllis pulverulenta ;
  • > Amaryllis rutila ;
  • > Amaryllis rutilans ;
  • > Amaryllis spathacea ;
  • > Amaryllis striata ;
  • > Amaryllis striata var. acuminata ;
  • > Amaryllis striata var. crocata ;
  • > Amaryllis striata var. fulgida ;
  • > Amaryllis subbarbata ;
  • > Amaryllis unguiculata ;
  • > Callicore crocata ;
  • > Callicore rutila ;
  • > Hippeastrum acuminatum ;
  • > Hippeastrum bahiense ;
  • > Hippeastrum brasiliense ;
  • > Hippeastrum bulbulosum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. acuminatum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. crocatum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. fulgidum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. ignescens ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. pallidum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. pulverulentum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. rutilum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. subbarbatum ;
  • > Hippeastrum bulbulosum var. unguiculatum ;
  • > Hippeastrum crocatum ;
  • > Hippeastrum fulgidum ;
  • > Hippeastrum proliferum ;
  • > Hippeastrum pulverulentum ;
  • > Hippeastrum rutilum var. acuminatum ;
  • > Hippeastrum rutilum var. citrinum ;
  • > Hippeastrum rutilum var. crocatum ;
  • > Hippeastrum rutilum var. fulgidum ;
  • > Hippeastrum simsianum ;
  • > Hippeastrum subbarbatum ;
  • > Hippeastrum unguiculatum ;
  • > Lais crocata ;
  • > Lais fulgida ;
  • > Amaryllis crocata ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie altamente polimórfica, apresenta as flores alaranjadas, com variações nesta tonalidade. H. striatum é frequentemente tetraploide, e se assemelha a outra espécie tetraploide que ocorre em regiões costeiras, H. blossfeldiae (Dutilh, 2005).

Potêncial valor econômico

A espécie tem potencial valor no mercadohorticultor como planta ornamental (Dutilh, 2005). Apresenta potencial usofarmacológico, uma vez que, como muitas outras representantes da famíliaAmaryllidaceae, possui alcaloides isolados com atividades anti-tumorais verificadas (Silva, 2005).

Dados populacionais

Espécie com poucas populações, compostas por poucos indivíduos (Biodiversitas, 2005).

Distribuição

A espécie não é endêmica do Brasil (Dutilh; Oliveira, 2012), ocorrendo também na Argentina (Parodi, 1959) e outros paises periféricos. No Brasil, se encontra amplamente distribuída pelo domínio fitogeográfico Mata Atlântica. Foi registrada nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Dutilh; Oliveira, 2012).

Ecologia

Planta herbácea, bulbosa, apresentando deciduidade (Dutilh, 2005). A espécie ocorre em Florestas Estacionais Semideciduais, Florestas Ombrófilas Densas (Floresta Pluvial) e Restingas, associadas ao domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Dutilh; Oliveira, 2012). Dutilh (2005) afirma que a espécie floresce na primavera, logo após as primeiras chuvas. A mesma autora afirma que a espécie se reproduz assexuadamente formando vários pequenos bulbos arredondados no entorno do bulbo central.

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Severidade medium
Detalhes A Mata Atlântica, domínio fitogeográfico onde a espécie ocorre é caracterizado pela alta diversidade de espécies e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana para agricultura ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original (SOS Mata Atlântica, 2012). Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos compõem subpopulações isoladas de subpopulações que habitam outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana, circundante de um fragmento, pode significar uma barreira intransponível (Galindo-Leal; Câmara, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie possui registros em Unidades de Conservação, como Estação Biológica Alto da Serra de Paranapiacba (SP), Parque Estadual da Cantareira (SP), Parque Nacional do Iguaçu (PR), entre outras (CNCFlora, 2011).

Usos

Referências

- DUTILH, J.H.A. Ornamental bulbous plants of Brazil. Acta Hort, v. 683, 2005.

- DUTILH, J.H.A. ; OLIVEIRA, R.S. Amaryllidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015454>.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, p.113, 2012.

- ANA FLÁVIA SCHURMANN DA SILVA. Hippeastrum vittatum (L'Hér.) Hebert e Hippeastrum striatum (Lam.) Moore: análise química e avaliação biológica dos alcalóides isolados. , 2005.

- PARODI, L.R. Enciclopédia Argentna de agricultura y jardineria. 1959. 240-248 p.

- DUTILH, J.H.A. Comunicação da especialista Julie H. A. Dutilh, do Departamento de Botânica da Universidade Estadual de Campinas, para o analista Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, São Paulo, SP, 2012.

- GALINDO-LEAL, C; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 472 p.

Como citar

CNCFlora. Hippeastrum striatum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Hippeastrum striatum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/04/2012 - 18:06:13